#ColunaCorujão Setembro: Body Positivity - Como usar a moda a favor do amor próprio.
Em tempos de fotos de vidas perfeitas pipocando nas mídias
sociais e uma avalanche de #selfies, é comum sentirmos certa tristeza e frustração ao nos compararmos ao outro. Na internet temos a impressão de que a
roupa, a casa, o corpo, as viagens e a vida do outro são sempre melhores que a
nossa.
Quando damos importância demais aos comentários e curtidas de terceiros
sobre a nossa vida, estamos colocando o nosso amor próprio em segundo plano e
buscando ser aceitos por pessoas que às vezes nem conhecemos pessoalmente.
Esse tipo de comparação está gerando diversos problemas de
autoestima, principalmente nas mulheres. A busca pelo corpo perfeito está cada
vez mais fora de controle.
Indo completamente contra essa maré surgiu movimento
#bodypositivity. Traduzindo para o português significa positividade corporal.
Trata-se de um movimento que visa recuperar e fortalecer o amor próprio das
pessoas e também a extinção de um único padrão de beleza.
Isso não significa parar de se exercitar ou de comer comidas
saudáveis, caso isso te faça bem. Não significa para de querer cuidar do corpo
e não praticar alguma atividade física. O movimento visa ensinar que as pessoas
devem parar de odiar os pequenos detalhes do corpo que não podem mudar. É
preciso aprender a conviver com as falhas e ser feliz sem se preocupar apenas
com os padrões estéticos estabelecidos pelo mercado.
De acordo com uma matéria da Revista Glamour, um estudo
divulgado pela rede de tratamentos Onodera em 2011 revelou que apenas 8% das
brasileiras estão totalmente satisfeitas com o próprio corpo. É um número absurdamente baixo e que precisa
urgentemente ser transformado.
As mulheres vivem numa prisão estética, seja pela cor da
pele, pelo formato do corpo ou pelas rugas no rosto. O movimento body positive quer
ampliar nossa percepção de que o belo é justamente a diversidade que existe nas
pessoas.
Quem adere ao movimento possui naturalmente uma atitude mais
positiva e amorosa em relação ao próprio corpo e não se frustra ou se diminui
por conta de uma aparência que talvez não se encaixe nos padrões estabelecidos
pelo mercado. As pessoas positivas com
relação ao próprio corpo sabem que o seu cabelo, tipo físico e formato corporal
devem ser exaltados, pois é o que as torna únicas em meio a multidão.
Vale ressaltar que a pessoa que está dentro dos padrões de
beleza tradicionais pode ser body positive no sentido de aceitar e ver a beleza
de cada pessoa e incentivar o amor próprio, além de se enxergar-se belo, pois
magreza não é e nunca foi sinônimo de felicidade e autoaceitação.
Uma das formas de começar esse processo interno é cercar-se
de pessoas positivas. Pessoas negativas acabam julgando os outros sem
motivo e podem atrapalhar a sua evolução.
Faz parte também do conceito body positive não julgar o
outro pela sua aparência. Muitas vezes não percebemos que, ao comentar o corpo
do outro e questionar suas escolhas, damos força para que a pessoa também caia
na armadilha da perfeição.
Evite a autodepreciação. Olhe-se no espelho e aprenda a se
amar. Aprenda a valorizar os traços que fazem de você uma pessoa única! Ao
encontrar o seu estilo pessoal, por exemplo, você aprende a se vestir de modo
mais confiante e passa consequentemente a se amar mais.
Pare de seguir modelos ou pessoas muito fora da sua
realidade no Instagram. Siga pessoas normais e que levem uma vida compatível
com a sua. Raramente alguém será Gisele Bündchen, portanto a frustração por não
atingir os mesmo padrões que o dela é desnecessário e em vão.
A autoaceitação implica em entender que a nossa vida é
imperfeita e que podemos errar, mas que isso não define a nossa felicidade.
Vamos libertar os padrões! A moda é uma ótima ferramenta
para isso. Modelos e lojas plus size
estão crescendo cada vez mais. Lojas que fazem parceria apenas com blogueiras
dentro do padrão de mercado estão sendo crucificadas na internet. Toda essa
movimentação nos mostra que o futuro da moda não vai ser apenas sobre tamanhos,
mas sim sobre a mensagem que a marca passa aos outros. A personalidades das marcas
e modelos vai contar muito mais, independentemente do seu tamanho ou da sua cor
de pele.
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