Economia: o que a Moda tem a ver com isso?


 
Quando uma mulher compra uma bolsa desejo ou um vestido que achou bárbaro, dificilmente está pensando em outra coisa além de como vai ficar linda com a nova peça! Mas existe uma verdadeiro crochê ligando diversas empresas, compradores, fornecedores e áreas neste pequeno ato que multiplica-se aos milhares todos os dias ao redor do mundo. 

Aliás, eu acho que este é um tema bem extenso e que eu pretendo aprofundar com o tempo...para não escrever posts enormes e entediar vocês hoje.
Podemos falar da importância da Moda para a Economia Brasileira e Mundial ou ainda discutir melhores formas de estar na moda sem detonar as nossas economias pessoais. Enfim, é um assunto muito rico e que vai estar constantemente por aqui, pois eu AMO Moda e adoro Economia...e os dois tem tudo a ver!!!
Eu sei que existem pessoas que não estão muito familiarizadas com o tema e que não se ligam muito em saber sobre câmbio, juros ou investimento, por isso vou começar do básico! Rsrs.

Eu comecei a pensar mais no assunto quando li diversas notícias dizendo que o setor de comércio eletrônico vai crescer no Brasil em 2012 puxado principalmente pelo setor de moda e beleza. Não é a toa que a padronagem das roupas começou a ser revista. O setor de vestuário perdia uma fatia muito grande de mercado por haver divergências gritantes de modelagem entre as marcas. A partir do momento em que a venda de acessórios aumentou, houve esta movimentação do setor de vestuário para ficar mais competitivo neste mercado em expansão.
Segundo o site G1, em matéria publicada no dia 13/03/2012 “Em 2011, a categoria de produtos ligados à moda e acessórios se consolidou como um dos cincos maiores mercados por número de pedidos no comércio eletrônico, com uma participação de 7%. O setor de vestuário, particularmente, vem estabelecendo referências de tamanho e numeração para peças infantil, masculina e feminina. Isso é essencial para as varejistas on-line, porque reduz a possibilidade de trocas e devoluções.”

Bom, analisando uma outra notícia vemos que, em contrapartida, na Europa (no furacão da crise mundial) a Semana de Moda de Milão teve 10 desfiles cancelados por problemas de caixa. Segundo o site O GLOBO “a indústria da moda italiana segue os passos do setor automobilístico e está pedindo ajuda ao governo, pois a crise está diminuindo a demanda por roupas e acessórios”.

Ainda povoando os meus pensamentos soltos lembro do comentário da Presidente Dilma Rousseff sobre o “tsunami monetário”, onde ela afirma que os países em crise injetaram tanto dinheiro no mundo para tentar se salvar que acabaram criando condições cambiais desiguais, especialmente para países em desenvolvimento. E isso acaba afetando também a moda, já que fica ainda mais difícil exportar para outros mercados e ainda aumenta a concorrência de produtos importados, pois está mais barato comprar fora do país. De acordo com a revista ELLE em uma entrevista feita com Aguinaldo Diniz Filho, Presidente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), a participação Brasileira no comércio mundial não chega a 0,5%, sendo que o país é o quarto maior produtor de vestuários do mundo.

O que eu tiro disso tudo é que a moda é muito mais do que modismos e que deveria ser entendida como uma impulsionadora da economia, principalmente no Brasil, onde temos hoje uma massa enorme de consumidores de todas as classes sociais. Precisamos pensar além do Look do Dia. Precisamos ter consciência de que, quando compramos um produto estrangeiro estamos deixando de injetar dinheiro em empresas brasileiras.. Não estou querendo fazer apologias ao protecionismo, mas gostaria de ver o país e a indústria de moda crescerem cada vez mais!

Aff..muita coisa né?!!! Não sei se consegui expressar direito o meu pensamento..mas serviu como um desabafo!!!


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